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Laboratório O Laboratório Florestal é utilizado para realizar procedimentos como aplicação de tratamentos germinativos nas sementes, cuja dormência precisa ser superada. São utilizados diversos tratamentos, conforme a espécie, escarificação térmica: água quente ou fria; escarificação mecânica: abrasão com limas e lixas; e escarificação ácida: ácido sulfúrico, giberélico ou clorídrico. Também são realizadas pesquisas sobre qual a técnica mais adequada para a superação da dormência em espécies, cuja informação não consta em literatura, contribuindo para a conservação das espécies e auxiliando produtores e viveiristas. |
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Herbário e Seção de Micologia Originalmente, a palavra
Herbário (do latim herbarium; plural herbaria), significa um
livro sobre plantas medicinais. Acredita-se que a primeira pessoa
a secar plantas em prensas e montá-las sobre papel, tenha sido
o médico Luca Ghini (1490-1556), o italiano também era
docente de Botânica da Universidade de Bolonha na Itália.
No século XVII, o termo foi utilizado pelo botânico francês
Joseph Pitton de Tournefort (1656-1708) em referência a uma
coleção de plantas secas, e no século XVIII,
a terminologia foi adotada pelo sueco Carolus Linnaeus (1707-1778).
Primordialmente, os
herbários eram, especialmente, propriedades privadas, mas no
século XVIII a prática de depositar coleções
de espécimes em instituições científicas
tornou-se muito comum. Os herbários
ao redor do mundo estão oficialmente registrados no Index Herbariorum
e conforme dados de dezembro de 2017, há no mundo 3.001 herbários
ativos (175 no Brasil), com aproximadamente 12.174 curadores associados
e especialistas. Ao todo os herbários possuem em torno de 387.007,790
espécimes de plantas coletadas nos últimos 400 anos.
Os herbários são importantes, pois nele são depositadas coleções históricas e exemplares de novas espécies, que fornecem dados para estudos florísticos e pesquisas em diversas áreas como Botânica, Ecologia, Biogeografia, Genética, Química, e outras relacionadas à conservação da biodiversidade, além de atuarem como centro educacional. |
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Coleção
de Sementes
As
sementes sempre desempenharam papel importante na vida das pessoas.
Entre 7.500 e 6.750 teve início a cultura dos cereais no Oriente
Médio; o plantio de feijão na América do Sul, há
aproximadamente 5.600 a.C; milho na América Central e arroz na
China, por volta de 5000 a.C. Além
de proporcionarem a perpetuação das espermatófitas
(plantas com sementes), as sementes são importantes em diversas
áreas como para a recuperação de áreas degradadas,
arborização urbana; renda para produtores rurais; produção
de matérias-primas como óleos e resinas; e recursos alimentares
para a fauna. A
importância e a preocupação com o futuro das sementes
deu origem a construção do Cofre-Forte de Sementes Global
de Svalbard, no Ártico. Mais de 5.000 espécies como variedades
de arroz, trigo, cevada, feijão e culturas como batata, amendoim,
aveia, e centeio de diversas partes do mundo estão armazenadas
neste cofre-forte. Inaugurado em 2008, o banco atua na conservação
do material genético de importância para alimentação
e agricultura, protegendo espécies cultiváveis de eventuais
calamidades, além de fornecer material para pesquisa como melhoramento
genético de plantas. No
entanto, a preocupação com a segurança e a conservação
das sementes surgiu com Nikolai Vavilov, botânico e geneticista
russo. A primeira expedição do cientista para coleta de
sementes cultivadas foi para a antiga Pérsia (atual Irã),
seguido por diversas partes do mundo. Vavilov
iniciou a coleta de plantas já na infância, mantendo um
pequeno herbário em casa. Atualmente, o herbário principal
do instituto N.I Vavilov Institute of Plant Industry (WIR), criado em
1905, em São Petersburgo, contém mais de 250.000 espécimes
de plantas cultivadas, representando mais de 100 famílias, cerca
de 500 gêneros e 4.600 espécies. Aproximadamente 2/3 da
coleção é constituída por representantes
das famílias Fabaceae, Poaceae e Rosaceae. O
herbário geral ou herbário de plantas exóticas
armazena amostras de coleções estrangeiras, auxiliando
pesquisas como relações entre táxons. No herbário
de ervas daninhas estão reunidas amostras que foram coletadas
nos últimos 86 anos, compreendendo 60.000 espécimes de
93 famílias, 845 gêneros e 3.507 espécies e é
o único herbário da Rússia, da Comunidade dos Estados
Independentes - CEI (Repúblicas que pertenciam à antiga
União Soviética) e da Europa que reflete todo o conjunto
de espécies de ervas daninhas dos países da CEI. O Instituto
conta também com um herbário de amostras provenientes
de intercambio com outras instituições. A importância do instituto é grande, pois nele são armazenadas sementes de plantas europeias que sobreviveram as duas guerras mundiais. Atualmente 80% do banco genético são de variedades que não existem mais em nenhum lugar do mundo. |
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Seção
de Micologia (Fungos)
Os fungos podem ser encontrados
em praticamente qualquer local do ambiente. Ecologicamente, são
importantes, pois atuam na decomposição de resíduos
orgânicos, disponibilizando-os para os sistemas vegetais. Do ponto
de vista econômico, contribuem para diversas pesquisas em áreas
como Medicina, Farmácia, Nutrição, Agricultura,
Fitopatologia e Biotecnologia. A diversidade é grande, mas os mais conhecidos são os Basidiomicetos, popularmente chamados de cogumelos e orelhas de pau. Podem ser dispostos em dois tipos de coleções: coleções de espécimes mortos, desidratados e conservados em herbários; coleções de espécimes vivos em cultura, preservados em micotecas para análises fisiológicas e bioquímicas. |
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Viveiro
Florestal
No
Viveiro Florestal Refazenda ocorre à produção de
mudas de espécies florestais e frutíferas, que podem ser
utilizadas na arborização urbana, na restauração
de áreas degradadas e na implantação de sistemas
agroflorestais. No viveiro, são realizadas atividades como semeadura
direta das sementes, repicagem de plântulas, adubação
e irrigação, e tratos culturais até que as mudas
adquiram porte adequado para plantio em local definitivo. A
vigilância constante no viveiro é necessária, a
fim de evitar pragas como cochonilhas, paquinhas, pulgões, lagartas,
formigas, gafanhotos, grilos e doenças como ferrugem, tombamento
e podridão de raízes. Havendo ocorrência de alguma
delas, realiza-se a catação manual, aplicação
de inseticidas, iscas formicidas e caldas como a bordalesa e extratos
de fumo, sabão ou pimenta. A finalidade do armazenamento
é manter a máxima qualidade fisiológica, física
e sanitária das sementes, para utilização futura.
Passou a ser uma ação fundamental quando o homem abandonou
o hábito nômade e começou a cultivar seu próprio
alimento, e surgiu a necessidade de conservar as sementes para o próximo
plantio. A finalidade da conservação e as exigências
em relação à longevidade determinam as técnicas
que serão utilizadas para armazenar as sementes. Uma das mais importantes
características da semente está relacionada com a tolerância
à dessecação, pois é um fator que implica
na sobrevivência da semente durante o armazenamento. Sob este
aspecto fisiológico, as sementes são classificadas em
tolerantes à dessecação ou ortodoxas; não
tolerantes à dessecação ou recalcitrantes; e intermediárias. Sementes ortodoxas são
aquelas que podem ter seu teor de água bastante reduzido, entre
5% e 7% sem perderem a viabilidade. Dependendo da espécie, a
longevidade aumenta de modo progressivo de acordo com a redução
do conteúdo hídrico e com o armazenamento em temperaturas
baixas. As sementes recalcitrantes,
pelo contrário, são muito sensíveis à dessecação.
Elas possuem alto teor de água no final da maturação,
quando se desprendem da planta-mãe, e morrem quando o teor hídrico
é reduzido abaixo do seu nível crítico de umidade
(15 a 50%). Estas sementes também não suportam armazenamento
quando expostas às temperaturas negativas, dependendo da espécie,
podem perder a viabilidade sob 10 a 15°C. As sementes intermediárias
apresentam comportamento fisiológico situado entre as ortodoxas
e recalcitrantes. Estas sementes sobrevivem moderadamente à dessecação
até atingirem em torno de 12% de umidade. Perdem a viabilidade
abaixo desse valor e quando armazenadas em temperaturas menores que
15°C. As sementes podem ser armazenadas em câmaras secas, onde é possível controlar a umidade e a temperatura do ar. Para o funcionamento da câmara seca são necessários aparelhos de ar condicionados para que a temperatura do ambiente fique abaixo de 18°C; desumidificadores para que a umidade relativa do ar permaneça entre 55% e 65%; e termo-higrômetro para medir e registrar a temperatura e a umidade relativa do ar. |
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Estufa Florestal Estufa
é um ambiente artificial construído para produzir produtos
agrícolas e florestais e são muito utilizadas na agricultura.
São planejadas e construídas de modo a proporcionar condições
favoráveis para o crescimento e produção de mudas
e culturas durante o ano todo. A
produção contínua durante o ano é alcançada
devido à utilização do filme agrícola de plástico.
O material do filme é transparente para a radiação
solar e foi concebido para que esta luz penetre facilmente por suas estruturas.
À noite, as ondas de calor são barradas pelo filme que é
opaco para este tipo de radiação, fazendo com que grande
parte do calor seja preservada no interior da estufa. Sua utilização
evita danos causados por condições climáticas desfavoráveis
como frio extremo, geadas e temporais, e são cada vez mais utilizados
no mundo todo. A maior estufa de floresta tropical do mundo foi construída no Reino Unido. Em seu interior é possível conhecer ambientes de florestas tropicais da América do Sul, sudeste da Ásia, oeste da África e ilhas tropicais. Possui 240m de comprimento, 110m de largura, 50m de altura e 15.590m², a temperatura no interior varia entre 18 e 35°C. A estufa abriga 1.185 espécies e cultivares diferentes, entre elas seringueiras, cajuzeiros e a orquídea baunilha. |
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